Perdoados e Sempre Perdoando
Texto Bíblico: Lucas 7.41-43: "Certo credor
tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta.
Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto,
o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou.
Replicou-lhe: Julgaste bem”.
Reflexão: Estes versículos compõem uma
cena maravilhosa e explicam a capacidade que Jesus tem de oferecer perdão
àqueles que de sincero arrependimento a Ele se convertem. Um fariseu convida
Jesus para cear em sua casa e enquanto estão lá, uma mulher chega por detrás
d’Ele e unge a sua cabeça e seus pés. Os fariseus vendo aquela cena, questionam
a capacidade espiritual de Jesus, porque Ele deveria saber que a mulher era uma
pecadora conhecida. Ele questiona os pensamentos de seu anfitrião através da
pergunta nos versículos acima. A concepção que Jesus tinha do pecado não
estabelecia uma escala de importância do maior ou do menor. Para Ele o pecado era
uma condição que afastava as pessoas da sua presença e, portanto, algo que não
podia ser medido pelo tamanho, mas pela consequência que sua ação maléfica
causa em nossas vidas. Enquanto Simão se preocupava com a aparência que o
pecado causava na mulher, Jesus conseguia identificar a capacidade dela de
entregar-se de maneira plena em seu arrependimento. Enquanto isso, seu
anfitrião, que se considerava um bom homem, demonstrava uma falta de compaixão
e de misericórdia para com os menos afortunados. Esta parábola nos ensina que
não há como mensurar a importância do pecado, porque pequeno ou grande, sempre
será pecado, e que tem como consequência, o nosso afastamento da presença do
Pai. Outra consequência é que em nós não há nenhuma possibilidade de julgarmos
quem quer que seja, pois o nosso entendimento está manchado pela nódoa que o
pecado deixa em nós. Portanto, sem o poder da graça de Deus, que nos conduz sob
a direção do Espírito Santo, é impossível manter a coerência em nossa vida e
termos a nossa fé firmada pela transformação que a Palavra de Deus produz.
Simão manteve seus olhos e o seu julgamento nas aparências que externavam o
pecado. Jesus enxergou e manteve seu entendimento na disposição que aquela
mulher demonstrava de viver por sua graça e misericórdia e sua fé n’Ele, restaurou
lhe a vida. Enquanto nossos olhos estiverem fixos em Cristo, não enxergaremos
nossos próprios egoísmos, pré-conceitos e julgamentos baseados nas aparências,
mas visualizaremos a graça de Deus, a sua misericórdia e compaixão, fruto de um
amor imensurável que deseja que todos possam provar dele.
Oração: Senhor Jesus, dá-nos a
capacidade de enxergar com teus olhos e amar nosso próximo com o mesmo amor que
tu nos ama. Que verdadeiramente possamos nos transformar em teus ministros, de
maneira que possamos reconciliar o mundo contigo. É o que oramos sempre em teu
nome. Amém!
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