quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O Maná do Senhor: 09/10/2013

Amando a Deus Desinteressadamente

Texto Bíblico: Jó 15.11-14: “Por que você não quer aceitar o consolo que Deus lhe oferece? Em nome dele nós falamos delicadamente com você. Por que você se deixa levar pelo seu coração? Por que esses olhares de ódio? Por que essa revolta, essa ira contra Deus? Por que você se queixa assim? Será que alguém pode ser puro? Poderá alguma pessoa ser correta diante de Deus?”.

Reflexão: Alguma vez você já teve a sensação de que todos os conselhos dos amigos e da sabedoria humana corrente, não eram suficientes para compreender os caminhos que Deus estava te fazendo passar? Jó teve esta sensação clara em cada conselho de seus amigos. Eles ficaram em silêncio por sete dias, mas deveriam ter continuado calados, porque seus conselhos não expressam a sabedoria de Deus e nem conseguem responder aos anseios do amigo que sofria sem encontrar resposta convincente para o que estava passando. Jó, como muitos de nós, buscava resposta para o seu sofrimento. Seus amigos só encontravam uma resposta para ele: o seu pecado. Jó negava-se a aceitar esta argumentação, porque entendia que o sofrimento que estava passando, era desproporcional a prática da sua vida. Ele, como muito de nós, não encontra razão suficiente para ser alcançado pelas aflições e pelos sofrimentos. Seus amigos, assim como muitos dos nossos, e muitas vezes até os pastores e a igreja, têm uma compreensão igual ao dos amigos de Jó. Diante dessa compreensão, os sofrimentos e as aflições que passamos, são consequências de uma vida pecaminosa. Esta é a teoria da retribuição, onde cada ato de nossa vida gera uma consequência, é a teoria da causa e do efeito universal. Qual seria a saída para esta situação? Simples, segundo seus defensores: arrependa-se, confesse seu pecado, faça as ofertas necessárias e volte a gozar dos benefícios divinos. Embora não soubesse disso, Jó estava sofrendo por conta de uma disputa entre Deus e satanás, que baseado nesta mesma teoria da retribuição, acredita que homem não pode amar a Deus desinteressadamente, pois seu amor e a sua relação com ao Senhor, é interesseira, visando o próprio bem. Assim, precisamos manter a nossa fé firme, crendo que a nossa esperança está posta no amor de Deus que nos constrange a viver em sua presença. No final de nossa vida devemos, como Jesus, gritar bem alto e dizer: “Pai, nas tuas mãos entrego meu Espírito!”? Ou seja, amar até o fim em submissão e obediência?

Oração: Senhor amado, tantas vezes, em nossas orações, afirmamos teu amor por nós com todas as nossas forças. Porém, muitas vezes, negamos este mesmo amor acreditando que as dificuldades que vivemos são postas em nossas vidas, como respostas dos nossos pecados, esquecendo que a tua graça nos foi dada incondicionalmente. Ajuda-nos a compreender teu agir em nossa vida, está é a nossa oração em nome de Jesus. Amém!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

O Maná do Senhor: 08/10/2013

Não Desperdice a Sua Vida

Texto Bíblico: Jó 14.1-2: “Todos somos fracos desde o nascimento; a nossa vida é curta e muito agitada. O ser humano é como a flor que se abre e logo murcha; como uma sombra ele passa e desaparece”.

Reflexão: Quando observo a luta das pessoas para adquirir bens materiais, correndo desenfreadamente para alcançar o sucesso profissional, muitas vezes, passando por cima de tudo e de todos, sem medir esforços e nem escrúpulos para alcançar seus objetivos e leio o versículo acima, entendo que existe algo muito errado com o homem moderno. Passamos a viver numa espécie de aventura da caça ao tesouro, onde os nossos objetivos são determinados por uma sociedade ambiciosa, que busca, a todo instante, tentar incutir em nossas mentes seus valores distorcidos. A consciência de Jó diante de seu sofrimento o fez refletir sobre a sua condição e verificar quão efêmera e frágil é a vida humana. Como uma flor que nasce em meio à primavera dos tempos, assim é a nossa vida, que nasce e morre no tempo marcado pelo Senhor. Portanto, fazer deste curto período de tempo nossa única e grande esperança, nos trará uma frustração muito grande. Jesus, na noite da última ceia, tentando confortar seus discípulos em virtude do tempo difícil que teriam pela frente, afirmou que na casa do Pai havia muitas moradas e que Ele iria preparar um lugar para cada um de nós. O fato d’Ele preparar um lugar para nós na casa do Pai, nos traz o entendimento de que este mundo não é o nosso lugar. Por isso, tanto sofrimento, tanto desencontro e uma angústia que nos toma a alma, nos dá a certeza de que existe algo errado conosco e que não estamos no nosso lugar de origem. Como um estrangeiro em terra desconhecida, assim somos nós, vagando por este mundo que jaz no maligno. Tentamos encontrar nosso lugar nesta terra, mas, a cada dia, observamos como o apóstolo Paulo: que melhor é estar com Cristo. Jó teve esta mesma sensação. Era melhor morrer do que viver da forma como estava vivendo. A nossa vida é muito curta para desperdiçá-la com objetivos errados e tentando acertar alvos que não são os que compõem o plano de Deus para nós. O nosso objetivo, como afirmou Jesus é: que conheçamos a Deus como o único Deus verdadeiro; e a Jesus Cristo, que Ele enviou ao mundo, pois só assim alcançaremos a vida eterna.

Oração: Senhor Jesus, dá-nos a compreensão de que estamos fazendo a tua vontade para nossa vida. Mostra-nos o teu plano, para que não desperdicemos o nosso tempo de vida realizando algo que não está na tua vontade. É o que oramos em nome de Jesus. Amém!

O Maná do Senhor: 07/10/2013

Aprendendo a Viver Pela Fé

Texto Bíblico: Jó 13.24-28: “Por que te escondes de mim? Por que me tratas como inimigo? Eu sou como a folha levada pelo vento: por que me assustas? Sou como a palha seca: por que me persegues? Tu escreves duras acusações contra mim e queres que eu pague pelos erros da minha mocidade. Prendes os meus pés com correntes, vigias todos os meus passos e examinas os rastos que deixo no caminho. Assim, vou me acabando como madeira bichada, como uma roupa comida pela traça”.

Reflexão: Muitas vezes, temos a sensação de que Deus se esconde de nós. Temos a impressão de que somos tratados como inimigos por Ele, que não merecemos nenhum valor diante d’Ele. Jó experimentou a sensação de abandono, de completo silêncio da parte de Deus. Sentiu na pele o que é viver longe da presença do Senhor, provou de um momento que o deixou com um sentimento de morte a cada dia. Jesus, no Jardim do Getsêmani, sentiu a mesma coisa e esta ausência da presença de Deus, o fez pedir que passasse dele o cálice que iria beber. Este é o sentimento de quem está longe da presença de Deus: de orfandade e solidão. Jó era um homem íntegro, reto e temente a Deus e, certamente, a presença do Senhor era por demais valorizada em sua vida e esta sensação de abandono era algo que ele nunca havia provado. Tereza D’Àvila disse certa vez que: “se Deus trata assim seus amigos, não admira que Ele tenha tão poucos”. Todos nós temos percepções e conceitos de como podemos nos relacionar com o Senhor e de ter uma leitura do que seja uma espiritualidade verdadeira. Porém, precisamos saber estes conceitos e percepções que alimenta a nossa fé, são verdadeiros e que podem nos dar respostas convincentes e nos deem tranquilidade quando experimentarmos nossos momentos de dificuldades. Uma compreensão equivocada de como Deus se relaciona conosco, pode nos trazer sérios problemas para nossa espiritualidade. É um erro tremendo acreditar que Ele nos criou e nos deixou entregues a nossa própria sorte. Não há como sustentar isso por muito tempo, porque teremos que enfrentar argumentos filosóficos e teológicos que nos farão desistir de acreditar em tal suposição. O amor de Deus nos confunde, pois ele se manifesta em todos os momentos de nossa vida, inclusive naqueles onde não enxergamos a sua presença ao nosso lado, serão nestes dias que, provavelmente, Ele estará treinando a nossa fé, pois se permanecermos fiéis, veremos a glória de Deus.

Oração: Senhor querido, dá-nos a certeza de que mesmo quando não enxerguemos o teu rosto; mesmo quando não conseguimos sentir a tua presença, que tenhamos a certeza em nosso coração de que estás ao nosso lado. Que a nossa esperança esteja em nossa fé e nunca naquilo que provamos. É o que oramos em nome de Jesus. Amém!

O Maná do Senhor: 06/10/2013

Na Dependência Exclusiva do Pai

Texto Bíblico: Jó 12.10: “A vida de todas as criaturas está na mão de Deus; é ele quem mantém todas as pessoas com vida”.

Reflexão: Enquanto reflito nas palavras do livro de Jó, olho para minha própria vida e me pergunto se poderia suportar o sofrimento e a dor que ele experimentou e ainda me manter íntegro, em meio ao perturbador silêncio de Deus. Devo confessar que não saberei responder a esta questão e oro a Deus para que não precise passar por tamanha prova de lealdade, integridade e adoração a Ele. Conheço muitas pessoas que não precisaram passar por uma prova de lealdade desta, apenas porque foram privados daquela que seria sua forma de adoração, eles sucumbiram e perderam toda a alegria e devoção que antes nutriam pelo Senhor. Apenas porque saíram de seu conforto e de sua comodidade, a sua fé tornou-se fraquinha, fraquinha. Quando leio o versículo acima, observo que muitas vezes o ar espiritual que nos mantém vivos é o ambiente eclesiástico no qual estamos inseridos e se formos tirados dali, pronto acabou toda a nossa fé. Se um dia Deus, querendo saber se a nossa fé é firme, nos tirar a igreja, o ministério e os amigos que cultuam junto conosco, será que nossa fé permaneceria firme? Se Ele nos enviasse a uma igreja pequena, onde tivéssemos que começar tudo do zero; onde nós fôssemos desafiados a por a nossa fé em jogo de verdade, o nosso louvor e a nossa adoração continuariam o mesmo? Deus é que nos mantém a vida, é uma afirmação que ultrapassa qualquer condição que necessitemos para adorá-lo. Independe de nossa condição financeira, de saúde, de conforto e de qualquer ambiente em que estivermos inseridos. É uma afirmação que deve manter o nosso louvor e a nossa adoração tão firme, que independa de qualquer condição que estamos vivendo, pois a nossa vida sempre estará em suas mãos e por isso, devemos dar graças a Deus.

Oração: Senhor amado, ajuda-nos a construir uma fé, uma adoração e um louvor que ultrapasse qualquer condição que estivermos vivendo. Não permita que nossa adoração esteja condicionada a nossa zona de conforto, mas a alegria e a devoção de entregarmos a nossa vida em sincera adoração. É o que oramos em nome de Jesus. Amém!

O Maná do Senhor: 05/10/2013

A Integridade da Nossa Espiritualidade

Texto Bíblico: Jó 11.4-7: “Você diz que o seu modo de pensar está certo e afirma que é inocente diante de Deus. Eu gostaria que Deus falasse e lhe desse uma resposta! Ele lhe ensinaria os segredos da sabedoria, pois há mistérios na explicação das coisas. Assim, você veria que Deus o está castigando menos do que você merece. Você pensa que pode descobrir os segredos de Deus e conhecer completamente o Todo-Poderoso?”.

Reflexão: Se existe algo que compromete a espiritualidade cristã é a capacidade humana de limitar os segredos de Deus as nossas experiências humanas com o divino. Temos limitações claras e não podemos tentar entender os mistérios de Deus através da nossa própria sabedoria das coisas. As nossas questões da alma não podem ser respondidas com a lógica humana, pois não conseguimos penetrar no mistério de Deus e conhecê-lo completamente para poder respondê-las. Os amigos de Jó discordam de sua retórica, porque ela parte do princípio de uma alegada inocência diante de Deus. Como um ser tão insignificante pode se achar inocente diante de Deus? Era a questão de seus amigos. Porém, não podemos entender o sofrimento de nossa vida como apenas resultado de uma experiência de causa e efeito. Estes mistérios de Deus nos levam a observar atentamente a teologia que conhecemos, pois ela parte de um principio limitado, pois tudo que conhecemos de Deus é apenas o que Ele quis revelar, permanecendo insondável aos corações humanos alguns dos mistérios da vida, que Ele reservou a sua própria vontade. Por conta deste limitado conhecimento os homens buscam sem cessar encontrar as respostas para estes mistérios, tentando compreender os segredos de Deus e conhecê-lo completamente. Quando vejo a maioria das igrejas cristãs pregando uma teologia baseada na retribuição, desconfio da motivação espirituais delas e vejo que eles têm muito que aprender sobre a graça de Deus. Precisamos buscar motivações corretas para nossa espiritualidade e encontrar uma teologia consistente que nos leve a ter um relacionamento com Deus correto, onde o motivo deste relacionamento é a nossa integridade e amizade com o Todo Poderoso. Um relacionamento que independe de nossas necessidades e se importa muito mais com a comunhão que temos com Ele. Assim, poderemos viver para recebermos a glória e o amor da sua parte.

Oração: Senhor, tantas vezes temos uma limitada compreensão do teu agir e mesmo assim queremos afirmar que te conhecemos. Dá-nos a clareza do teu conhecimento, para podermos compreender a tua manifestação em nossa vida. É o que oramos em nome de Jesus. Amém!

Livros que fazem diiferença

  • As Trevas e o Amanhecer - Charles Swindoll
  • Atravessando Problemas e Encontrando a Deus - Larry Crabb
  • Maravilhosa Graça - Philip Yancey
  • O Caminho do Coração - Ricardo Barbosa
  • O Jesus que Nunca Conheci - Philip Yancey
  • O Maior Privilégio da Vida - DeVerne Fromke
  • Ouça o Espírito, Ouça o Mundo - John Stott
  • Uma Benção Chamada Sexo - Robinson Cavalcanti