O Maná do Senhor: 12/07/2013

A Nossa Luta Interior

Texto Bíblico: Romanos 7.7-8 “Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado”.

Reflexão: Creio que a maioria de nós já deve ter ouvido a história do agricultor que todos os sábados levava seus dois cachorros a feira de sua cidade. Ali, colocava-os para lutar e juntava o povo para apostar quem venceria. Mas um detalhe chamava a atenção, o cachorro que ele apostava sempre vencia. Um dia, um homem que notou a estratégia do agricultor, foi ao seu encontro e perguntou como ele sabia o cachorro que venceria a luta. Às vezes ganhava o branco, outras o preto, ao que ele respondeu: aquele que gostaria que ganhasse, era o que ele alimentava; o outro deixava como fome durante a semana. Esta história revela a luta que todo ser humano trava no seu interior, depois que entrega sua vida a Jesus. A luta da velha natureza pecaminosa contra a natureza renovada pelo Espírito Santo para ter o domínio sobre a nossa vida. Quem vai vencer? A resposta está naquela que alimentarmos melhor. Se deixarmos a nossa velha natureza sem o alimento que a mantém, ela morrerá de inanição, ou pelo menos não terá forças para tentar nos subjugar. Assim, ao sermos renovados pelo Espírito Santo, precisamos deixá-lo dirigir a nossa existência, transformar o nosso coração e a nossa mente pelo poder do Evangelho de Jesus Cristo. A partir destes versículos, tomamos a consciência de que a nossa luta será difícil e o próprio apóstolo Paulo nos alerta, precisamos tomar cuidado com as armadilhas que estamos sujeitos a cair, porque, mesmo entregando a nossa vida a Cristo, não entendemos o que fazemos, pois aquilo que fazemos não é o que gostaríamos de fazer, pois fazemos justamente aquilo que odiamos. Desta forma, aquilo que fazíamos na ignorância da lei, torna-se agora testemunho contra a nossa própria conduta. A luz do Evangelho ilumina as trevas que antes vivíamos, assim, o pecado e as tentações que antes pareciam inocentes, agora se tornam nosso algoz e acusador. Entretanto, agora, se o Espírito Santo entrou em nossa vida, somos uma pessoa nova, regenerada e devemos viver para que esta nova natureza prevaleça. Como o agricultor da nossa história, devemos alimentar a nossa nova natureza, que foi transformada pelo Espírito, a fim de que, a velha, pecaminosa e afastada de Deus, possa morrer.

Oração: Amado Senhor, ajuda-nos em nossa ignorância para que conheçamos a ti, em nossa pouca fé para vencer as tentações, para que a luz do teu Evangelho ilumine as trevas que antes vivíamos. Que o teu Espírito Santo renove a nossa existência, fortaleça em nossa fraquezas e ajude nos a nos manter em ti. É o que oramos em nome de Jesus. Amém!

O Maná do Senhor: 11/07/2013

A Disciplina que Vem do Amor

Texto Bíblico: Jó 15.11-14: “Por que você não quer aceitar o consolo que Deus lhe oferece? Em nome dele nós falamos delicadamente com você. Por que você se deixa levar pelo seu coração? Por que esses olhares de ódio? Por que essa revolta, essa ira contra Deus? Por que você se queixa assim? Será que alguém pode ser puro? Poderá alguma pessoa ser correta diante de Deus?”.

Reflexão: Alguma vez você já teve a sensação de que todos os conselhos dos amigos e da sabedoria humana corrente, não eram suficientes para compreender os caminhos que Deus estava te fazendo passar? Jó teve esta sensação clara em cada conselho de seus amigos. Eles ficaram em silêncio por sete dias, mas deveriam ter continuado calados, porque seus conselhos não expressam a sabedoria de Deus e nem conseguem responder aos anseios do amigo que sofria sem encontrar resposta convincente para o que estava passando. Jó, como muitos de nós, buscava resposta para o seu sofrimento. Seus amigos só encontravam uma resposta para ele: o seu pecado. Jó negava-se a aceitar esta argumentação, porque entendia que o sofrimento que estava passando, era desproporcional a prática da sua vida. Ele, como muito de nós, não encontra razão suficiente para ser alcançado pelas aflições e pelos sofrimentos. Seus amigos, assim como muitos dos nossos, têm uma compreensão igual ao dos amigos de Jó. Cada sofrimento e aflição que passamos, são consequências de uma vida pecaminosa, portanto, eles são a justiça de Deus para nós. Esta é a teoria da retribuição, onde cada ato de nossa vida gera uma consequência, é a teoria da causa e do efeito universal. Qual seria a saída para esta situação? Simples, arrependa-se, confesse seu pecado, faça as ofertas necessárias e volte a gozar dos benefícios divinos. Embora não soubesse disso, Jó estava sofrendo por causa da mesma teoria da retribuição, pois satanás não acredita que homem não pode amar a Deus desinteressadamente, pois seu amor e a sua relação com Deus, apenas visa o seu próprio bem. O final do capitulo treze da 1ª carta de Paulo aos Coríntios, ele termina com uma afirmação: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor”. Que tipo de amor permanecerá em nosso coração quando todas as coisas que o sustentam se forem? Poderíamos, como Jesus, gritar bem alto e dizer: Pai, nas tuas mãos entrego meu Espírito? Ou seja, amar até o fim faz parte da submissão e obediência que devemos a Deus.

Oração: Senhor amado, tantas vezes, em nossas orações, afirmamos teu amor por nós com todas as nossas forças. Porém, muitas vezes, negamos este mesmo amor acreditando que as dificuldades que vivemos são postas em nossas vidas, como respostas dos nossos pecados, esquecendo que a tua graça nos foi dada incondicionalmente. Ajuda-nos a compreender teu agir em nossa vida, está é a nossa oração em nome de Jesus. Amém!