Nosso Conhecimento é
Insuficiente
Texto
Bíblico: Jó 38.1-4: “Depois disso, do meio da
tempestade, o Senhor deu a Jó a seguinte resposta: As suas palavras só mostram
a sua ignorância; quem é você para pôr em dúvida a minha sabedoria? Mostre
agora que é valente e responda às perguntas que lhe vou fazer. Onde é que você
estava quando criei o mundo? Se você é tão inteligente, explique isso”.
Reflexão: Durante
todo tempo em que Jó e seus amigos dialogavam, a discussão girava em torno do
que causava a dor e o sofrimento de Jó, a maldade dele, como defendiam seus
amigos, ou a injustiça, como afirmava Jó. A tese da teoria da retribuição, da
causa e do efeito era válida? Deus poderia ser injusto com algumas pessoas? Jó
reclamava uma audiência com Deus e, extraordinariamente, Ele concede. Porém, ao
contrário do que Jó imaginava, Ele não permite a sua contestação. Deus aparece
na cena e do meio de uma tempestade, começa questionando seus inquiridores. O
interessante é que em
nenhum momento Deus responde a pergunta que estava nos corações
daqueles homens: por que o homem sofre? Ele, apenas discorre numa série
interminável de perguntas, que parece só ter um objetivo, mostra-los que as
situações que nós vivemos, fazem parte de conjunto de atos que compõem a
criação do mundo. Em nenhum momento, Ele permite ser questionado sobre como
conduz o mundo. Era como se nos dissesse: a nossa sabedoria não é suficiente e
nem nos dá capacidade para gerir aquilo que Ele criou. Perguntas como – “onde você estava quando criei o mundo” –
revelam como nós não teríamos condições nem de responder, nem de saber como
poderíamos dar conta em dirigir o mundo. Se as situações de nossas vidas já são
suficientemente complexas para nós entendermos, quanto mais tentar dizer a Deus
como Ele deve conduzir todo o mundo. Deus, em momento algum, permite a
argumentação de Jó e de seus amigos, porque eles não conseguiram responder
nenhum dos seus questionamentos. Algumas vezes, como Jó, acreditamos que
podemos questionar Deus nos achando, como Adão e Eva, iguais a Ele. Por isso, acreditamos
que temos autoridade para reclamar a nossa inocência e afirmar a injustiça de
Deus. Se fizermos isso, como Jó, calaremos diante da grandiosidade d’Ele e
neste dia teremos a consciência de que o Senhor é verdadeiramente Deus.
Oração: Senhor amado, perdoa-nos a nossa arrogância, quando
tantas vezes, advogamos a nossa autoridade em dirigir os atos que só a ti
pertencem. Dá-nos sabedoria para conduzir nossos pensamentos e ações conforme
os teus planos para nossa vida, que estão presentes na tua Palavra. É o que oramos
em nome de Jesus. Amém !
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